domingo, 11 de setembro de 2011

Displicência

Acontecimentos recorrentes muitas vezes são sinais que Deus manda pra gente se tocar e mudar.
Meus pais sempre reclamaram comigo que sou desatenciosa com as pessoas.
E eu no pânico de não ser falsa - com certeza um trauma de infancia - , "criei" um comportamento que não é compreendido por muitos.
Sou aquelas que guarda o carinho, a gratidão pelas pessoas, não demonstro sempre, mas lembro sempre. Porém eu me esqueço que muitas pessoas precisam desta demonstração (eu acho que as pessoas todas são como eu.... grande defeito), e muitas não me conhecem o suficiente para compreender este comportamento. E nessa "brincadeira chata" eu perdi na vida muitas pessoas queridas.
Esta semana foi a vez de 2 acontecimentos parecidos. E já venho entrando num momento de reflexão, só serviu para impulsionar meu processo de tentativa de mudança.
Claro que nesta minha história alguns fatores dificultam o processo de ser mais atenciosa com todos os que me ajudaram de alguma forma, pois, foram milhares de pessoas ao redor do Brasil e do mundo, e lembrar de cada nome e ter cada email guardado naquele momento não foi possível.
Mas na minha tentativa inconsciente de fugir de tudo aquilo que me lembra o Theo, de certa forma vieram algumas situações.
Claro que algumas amizades que fiz no ano passado ficaram, porque nos encontramos pessoalmente e para mim isso reforça a relação e a amizade. Mas eu mergulhei num outro mundo, em outros "colegas", o aumento do meu volume de trabalho me trouxe novas amizades e eu cai de cabeça nesse novo tentando me "livrar" do passado que tanto me trouxe dor.
Neste mergulho, o divórcio, a alta temporada (desde abril) com excesso de trabalho e muito stress, veio junto a minha grande tendência a displicência e eu fui esquecendo de mandar um alô a pessoas que foram tão queridas pra mim em toda blogsfera/twitter e até mesmo amigos daqui de tempos.
Estou no melhor momento da minha vida profissional, mas a vida pessoal embora esteja cheia de boas mudanças, está um lixo.
O 1° aniversário de morte do Theo chegando tem me matado cada dia que se aproxima. Quase que um luto tardio e progressivo.
E eu vou tentando fugir daqui e dali, tentando achar refúgio onde eu sei que não existe.
Não quero me lamentar.
Eu só passei pra dizer que no meu coração cada um está muito bem guardado, perdão, estou me esforçando para melhorar.