sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Quando muito leite é um problema: hiperlactação

Estava eu no twitter (como a #turmadabarriga me ajuda e me distrai entre uma mamada e outra...) e a @biancabala leu meus twitts desesperadores quanto ao que tenho passado com o Theo e me mandou o link dessa materia, e diria que finalmente acho q descobri nosso problema! nunca tinha lido em lugar nenhum sobre hiperlactacao, NUNCA! e pelo visto eh facilmente confundida com o refluxo. Nos ultimos 2 dias percebi q quando ele mamava na mamadeira meu leite nao tinha choradeira nem muita regurgitacao, e ja estava intrigada porque! Lembram da cagada enorme do Theo q ate coloquei fotos aqui???
Segunda tem pediatra e vou conversar com ela sobre isso e finalmente ter certeza  do nosso problema, enquanto isso suspendi os remedios do refluxo.
Aqui vai a materia falando de um assunto que muita gente sofre, nao sabe e eh diagnosticado como refluxo e ai enchemos nossos bebes de remedio desnecessariamente:

Quando muito leite é um problema

Às vezes uma mãe produz mais leite do que o bebê precisa, e isso pode tornar as mamadas estressantes e desconfortáveis para o bebê e a mãe. A maioria dos bebês de mães que têm leite em excesso ganham peso mais rápido que o normal. Isso não é um problema, a não ser que haja outras dificuldades por causa do excesso de leite.

Alguns bebês cuja mãe tem excesso de leite não mamam o suficiente porque eles têm dificuldades em controlar o forte fluxo e não conseguem se alimentar com facilidade. Quando uma mãe produz mais leite que o necessário podemos observar alguns dos seguintes comportamentos do bebê:

• Bebê chora muito e geralmente é irritadiço ou inquieto;

• Às vezes, o bebê pode sufocar, se asfixiar, cuspir ou tossir durante a mamada;

• O bebê parece querer morder ou pendurar-se no bico do peito durante a mamada;

• O leite jorra quando o bebê larga o peito. Especialmente no começo da mamada;

• A mãe pode ter o bico do peito dolorido;

• O bebê pode se contorcer e às vezes gritar;

• A mamada parece uma batalha, o bebê pega e larga o peito o tempo todo;

• As mamadas podem ter uma duração curta às vezes de 5 ou 10 minutos no total;

• O bebê parece ter uma relação de amor/ódio com o peito;

• O bebê pode arrotar ou ter gases com freqüência entre as mamadas com tendência a regurgitar com freqüência;

• O bebê pode ter as fezes verdes, moles ou espumosas;

• O peito da mãe está cheio a maior parte do tempo;

• A mãe pode ter freqüentemente os canais obstruídos, que pode se transformar em mastite.
Se alguns destes comportamentos te parecem familiar, pode ser que você tenha uma produção abundante de leite, que pode causar um reflexo de ejeção muito forte e/ou desequilíbrio na produção do leite ralo e do leite gordo. O comportamento descrito acima pode muitas vezes ser diagnosticado como intolerância à lactose, à proteína de leite, refluxo ou hipertonicidade. Felizmente a produção da maioria das mães superprodutoras se equilibra por volta do terceiro mês de aleitamento.

Por que isso acontece?

Existem varias razões para que uma mãe produza leite em excesso. Algumas mães produzem muito leite desde o começo. Em alguns outros casos, a abundância é o resultado de maus conselhos. Isto parece acontecer especialmente se a mãe ordenha uma certa quantidade de leite antes da mamada para relaxar o fluxo, para que a mamada seja mais confortável para o bebê. Isto ajuda no começo, mas termina em um problema crônico.

Uma outra causa pode ser de passar ao segundo peito antes que o bebê tenha terminado o primeiro. Isto acontece quando a mãe amamenta um tempo contado em cada peito ou quando ela tenta achar um peito que o bebê aceite melhor. Os seios de algumas mães são muito sensíveis à estimulação, e trocar de lado várias vezes sem antes acabar com o leite de cada um dos peitos pode resultar em uma superprodução de leite nos dois peitos.
Problemas de superprodução são geralmente criados por maus conselhos. A mãe pode ter sido aconselhada de dar de mamar por alguns minutos de cada lado do peito ou que o bebê deve mamar dos dois peitos a cada mamada. Para uma mãe com superprodução de leite, o bebe se satisfaz tão rápido em um peito que ela acha que tem que tirá-lo mais cedo de um peito para que ele possa ainda mamar no segundo peito. Ele é então tirado do peito antes de mamar o leite gordo, e se enche com o primeiro leite do segundo peito. Grande quantidade de alimento de baixo teor calórico cria um ciclo vicioso: o ventre do bebê parece inchado e desconfortável por causa da alimentação, e ele ainda tem fome, porque não mamou leite gordo suficiente para se satisfazer. Então o bebê chora para que seja alimentado de novo, e a mãe conclui que ela não esta tendo uma quantidade suficiente de leite para alimentá-lo, pois ele nunca está satisfeito.

O primeiro leite tem uma grande quantidade de lactose, um açúcar normal e necessário que em grandes quantidades causa gases e desconforto, freqüentemente com fezes espumosas, líquidas ou verdes.  

Após um certo tempo, a lactose pode irritar o tecido dos intestinos, causando uma intolerância secundária à lactose e possivelmente pequenos sangramentos nas fezes que podem ser diagnosticados erroneamente como intolerância alimentar. Ajustando o aleitamento para aumentar a quantidade de gordura que o bebe recebe (terminando o peito antes de mudar de lado) geralmente corrige o problema.

Estratégias para abaixar a produção de leite.

Mudar a maneira de amamentar
pode reduzir a quantidade de leite produzido e a quantidade de lactose recebida, aumentando ao mesmo tempo a quantidade de gordura produzida. As mães com superprodução produzem quantidade de leite suficiente em cada peito para uma mamada completa. Uma estratégia é alimentar o bebê com um só peito de cada vez. Se o bebê quer mamar de novo duas horas depois, veja como ele reage ao oferecer o mesmo peito de novo. Nas duas horas seguintes ofereça-lhe somente o outro lado. Os peitos devem assim gradualmente moderar a produção de leite, uma vez que este está sendo mamado com menos freqüência.

Se estiver desconfortável com o peito que não esta aleitando antes do momento da troca de lado, tirar ou ordenhar um pouco de leite, somente o suficiente para aliviar o desconforto. Não ordenhe muito, pois isto arriscaria estimular o peito a produzir mais leite. Compressas frias –folhas de repolhos geladas ou um saco de ervilhas congeladas – ajudam a aliviar o desconforto e reduz o inchaço de peitos cheios.
Para verificar se a estratégia de alimentar com um só peito por um período prolongado está funcionando veja se o bebê esta mais calmo e parece satisfeito entre as mamadas, também se as fezes se tornaram menos aguadas e mais amarelas. Também verificar se o bebê se engasga, se asfixia e cospe menos durante as mamadas significa que fluxo de estará mais fraco.

Se achar que o bebê ainda esta tendo dificuldades após 7 dias alimentando-o de um peito de cada vez, aumente o período em que amamenta de um só lado (2 ou 3 mamadas e mesmo mais). Mas é melhor aumentar o período de aleitamento de um só lado devagar e com cuidado, pois alimentando de um só lado por um período muito prolongado pode levar a uma redução de produção muito drástica.

Se depois de tentar estas técnicas, a alimentação não melhorar de maneira significativa, pode ser necessário tomar medidas mais enérgicas para reduzir a produção de leite. Uma conselheira de aleitamento pode te informar e seu médico pode ajudar a gerar sua superprodução com a utilização de medicação e ervas. Em certas situações um tratamento de 4 a 7 dias com um contraceptivo de baixa dose, que contêm estrógeno e progesterona, pode ser usado para reduzir a produção em um nível mais apropriado. Chá de artemísia tem ajudado a reduzir a produção de algumas mães, assim como o uso de pseudoefedrina. 
Estratégias para reduzir a força do reflexo de ejeção.

Quando uma mãe produz um grande volume de leite, o reflexo de ejeção pode ser forte. Todo este leite saindo ao mesmo tempo pode ser mais do que um bebê pode engolir. É como se tentar beber água em posição deitada com uma mangueira aberta a fundo. Além de cuspir, engasgar, e tossir quando o leite chega, o bebê pode tentar controlar o leite puxando o peito e pegar só o bico do peito. Ou ele pode simplesmente dar uma pausa esperando que o fluxo se reduza, o que dá uma sensação de “mordida”. O bebê pode também gritar e se contorcer.

Existem algumas estratégias que podem ajudar a controlar um reflexo de ejeção muito forte sem aumentar a produção de leite.

A- Colocar o bebê numa posição mais vertical de maneira que a cabeça esteja mais alta que o peito, isto o permitira de controlar melhor as mamadas.

B- Posicione-se de maneira mais recostada com o bebe por cima. Nesta posição o leite tem que subir para sair o que reduzira a força do fluxo.

C- A posição de tesoura com a ponta do peito entre o polegar e o dedo médio, ajuda a reduzir o fluxo.

D- Amamentar o bebê quando ele estiver acordando. Ele vai sugar mais devagar se ele ainda estiver sonolento.

E- Se o bebê começar a cuspir ou engasgar, tire ele do peito e deixe o excesso de leite cair em uma toalha ou pano. Reposicione-o quando a força da ejeção tiver terminado.

F- Amamentar deitada de lado é mais suave, pois o leite flui em posição horizontal sem a força da gravidade e o bebe pode deixar o leite excedente cair no lugar de engolir tudo. Faça de maneira que o peito que amamenta fique contra o colchão e não apontando para baixo aumentando assim a força do fluxo.
G- Alguns bebês sofrem com o reflexo de ejeção muito forte de suas mães mamando só um pouco de cada vez, parando e recomeçando freqüentemente. Isto é bom e permita a ele de ir e vir ao peito conforme for a necessidade dele, se assegurando de oferecer ao seu bebe o mesmo peito a cada corridinha de maneira que ele possa ter o creme no final.

H- Amamentá-lo antes que ele esteja com muita fome vai evitar que ele sugue de maneira muito agressiva, Uma sugada mais forte pode causar um reflexo de ejeção ainda mais forte o que dificultara ainda mais a mamada.

I- Embora a maioria dos bebes aleitados não precisem muito de arrotar, as mães que têm grande quantidade de leite vêem seus bebês engolirem ar durante a mamada e terem gases por causa do excesso de lactose. Arrotar freqüentemente pode minimizar os problemas causados por engolir ar.
---> Lembre-se de voltar com o bebê ao primeiro peito ao invés de trocá-lo de peito apos o arroto.

7 comentários:

. disse...

Tomara que vc tenha descoberto a causa do seu problema!!!
To daqui torcendo para que tudo fique bem.
Beijinhos!

Rafaela disse...

Nossa existe isso tbm, Jesus cada dia aprendo um diferente. Tomara q vc descubra logo o que é realmente! E com a graça de Deus tudo vai se resolver!

Bjo

Nanda Ramos disse...

o mulher nem imaginava que existia isso mas cada dia agente aprende uma.. bjokas

Tamy disse...

flor adoreiiii a materia super interessante... eu tbm nunca tinha escutado sobre esse assundo vivendo e aprendendo... rsrs..depoos que começei com os remedios do refluxo a Nini está 100% melhor está muito mais calma..chora menos...golfa menos..ta uma maravilha

bju

Lizy disse...

muito bom, só confesso que não li tudo por preguiça rsrsrs
No começo eu tinha esse problema, apesar de nunca trocar ele de peito, sempre mamou num só e mesmo assim não esvaziava o peito, o que me salva eram as conchas que enchiam de 10 em 10 minutos, uma loucura.
Só no quarto mês que tudo melhorou pq ele começou a mamar bem mais, aí os peitos esvaziavam.
Agora que ele vai fazer 6 meses e eu trabalho os peitos estão murchando pq ele não mama mais durante o dia...
Loucura total!
bjs e boa sorte

Maria Betânia de Amorim disse...

Oi Aline,
Muito interessante este post!
Pesquisando nos mantemos informadas, pois não param de descobrir algo todo dia, e nesses últimos tempos meu Deus, está difícil té de acompanhar...
A Lana apresentou sitomas de refluxo, sofri muito em vê-la passar por isso, sem que não é o que tem de pior, mas agente mãe gostaria que nossas criancinas nunca passassem por nada não é mesmo? Mas eu opitei por não entrar nestes medicamentos até porque as medidas praticas ajudaram muito. Agora depois de lêr esse post ficou uma interrogação, ela teve refluxo? Mas espero como Lana o Théo passe por esta fase amiga, estou na torcida.
Beijos.

Luciana disse...

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